domingo, 22 de fevereiro de 2015


Receita de robalo assado

Eu acho que quando o grande Chef francês Jacques Maximin, cuja especialidade é peixe, explica qual é a melhor maneira de fazer robalo você tem uma obrigação moral de experimentar.  

E ele acertou em cheio porque, pelo visto como ele, eu gosto do meu peixe simples, sem grandes produções.  Descobri que não gosto nem de cenoura no peixe, para surpresa do meu pai, outro aficionado por peixes e coisas lindas provenientes do mar.
Mas os tomates, umas boas azeitonas pretas, talvez umas batatas (pequenas), e eu estou feliz.
Muita atenção ao tempo de cozimento. O único segredo na hora de preparar peixe é não cozinhar demais. Para os dois robalos (pequenos) da foto, 30 minutos foram perfeitos. Ajuste o tempo ao tamanho do seu peixe mas procure não deixar assar demais.

Ingredientes

1 robalo médio, ou 2 pequenos (de tamanhos idênticos)
¼ copo de azeite de oliva
¼ copo de manteiga sem sal (50 gramas)
¼ copo de agua
¼ copo de vinho branco seco

Sal

Limão

Tomates picados ou tomates cereja, azeitonas pretas, tomilho e folha de louro

Modo de preparo

1. Peça para o peixeiro limpar o peixe mas deixa-lo inteiro. Ponha o em uma assadeira aonde ele caiba sem sobrar muito espaço, para o molho ficar bem concentrado no peixe. Forre a assadeira com um pedaço de papel alumínio e reserve. Pré-aqueça o forno a 200 graus.

2. Numa panela pequena, ponha o azeite, a manteiga, a água e o vinho. Leve ao fogo baixo somente até derreter a manteiga.  Assim que a manteiga estiver derretida, tire do fogo, mexa bem e reserve enquanto prepara o peixe.


3. Ponha o peixe na assadeira. Arrume os tomates e azeitonas em volta. Tempere com sal, tomilho e folha de louro. Regue com o molho. Esprema o suco de um limão por cima. Cubra com papel alumínio e leve ao forno por 30 minutos. Sirva quente com batatas douradas ou arroz.

Debates e provocações políticas e dominicais

O interesse político dos cidadãos/internautas nos proporciona uma ampla avaliação da visão do eleitor em âmbito nacional e municipal, além do jogo político em andamento no caso Petrolão

Nesta publicação temos abordagens acerca do escândalo do Petrolão e seus envolvidos, o movimento opositor ao governo federal com o pedido de impeachment em todo país, inclusive em Bom Jesus do Itabapoana e também sobre a situação política de Bom Jesus do Itabapoana que permanece indefinida deste as eleições de 2012.



PSDB >> Petrobrás >> PT

A estratégia dos petistas é nos provar que os tucanos são tão ladrões como eles, os petistas.

No caso do Petrolão, a presidenta tem convicção que se FHC tivesse combatido o esquema em 1996, os esquemas defraudados na Lava Jato não existiriam em 2014, com isso temos duas observações:

01 - Se o esquema do Petrolão se iniciou em 1997, com o PT assumindo o governo em janeiro de 2003, porque o PT não tratou logo de apurar e denunciar o esquema existente tão logo assumiu o governo? 
Pelo contrário, os "comunistas" do PT mantiveram o esquema até a PF e os delatores detonarem com todos.  Se os tucanos se beneficiaram do esquema entre 1997 e 2002, e o PT de 2003 a 2014, quem se beneficiou mais deste esquema de corrupção?

02 - Ao trazer os tucanos para o furacão do Petrolão, o PT se encontra em um dilema, sendo certo que os petistas estão desde 2003 propagando que os tucanos não fizeram absolutamente nada de produtivo na Petrobrás e no País, e como todos sabem o esquema do Petrolão se encontra no superfaturamento de grandes obras de investimento estrutural.
Resumindo, se o PT defender que o PSDB roubou em igual proporção no esquema, ele acaba por admitir que os tucanos "construíram" e "investiram" na Petrobrás na mesma proporção dos petistas, ficando todos iguais e no mesmo saco de gatos larápios do poder.

Aos amigos bom-jesuenses que "combatem" o governo federal-petista com seus pedidos de impeachment

E em Bom Jesus do Itabapoana? Está tudo em ordem? Vai lutar pelo impeachment da presidente Dilma para dar a cadeira presidencial para o Michel Temer ou Eduardo Cunha? Não seria mais sensato lutar para ajeitar nossa casa primeiro, para depois brigarmos pelo país?
Já notou que em BJI a roubalheira é muito mais grave do que no DF, guardada devidas proporções?

A "Dilma" tem enviado mensalmente todos os recursos financeiros para todos os setores da prefeitura, e esses recursos estão sendo sugados impiedosamente pela quadrilha que parasita a prefeitura, e você ainda acredita que tirando o PT do poder tudo se resolverá com a bandidagem firme e forte em nossa prefeitura?
Vamos buscar uma luta palpável?

Aos que julgam ser culpa do eleitor bom-jesuense a eleição da prefeita em 2012

No caso de Bom Jesus do Itabapoana, assim como em cidades com menos de 200.000 eleitores não temos segundo turno eleitoral, diante disso, existe a possibilidade de um prefeito se eleger com a minoria dos votos. Nas eleições de 2012 o grupo político que se elegeu, chegou lá com somente 30% dos votos, ou seja, 70% do eleitorado bom-jesuense rejeitou este governo nas urnas.

E mesmo assim ela somente se elegeu com 30% dos votos, e com apenas 108 votos de vantagem sobre o segundo colocado por conta de um festival de crimes eleitorais que resultou na cassação dela em primeira instância, e por unanimidade em segunda instância, e por conta das diversas deficiências de nosso poder judiciário a prefeita se mantém no poder através de uma liminar.
No caso de Bom Jesus do Itabapoana eu particularmente isento completamente os eleitores pelo fato do atual governo ter se elegido as custas de um festival de crimes eleitorais, e que o mesmo se mantém no poder as custas dos interesses políticos da capital que banca advogados de renome nacional para viabilizar liminares de outro planeta, somente a atual prefeita já viabilizou TRÊS para se manter no poder sugando o erário.

Este vídeo foi gravado em março de 2014 na sessão do senado federal que aborda justamente situações como a que vivemos em BJI

sábado, 21 de fevereiro de 2015

Política & Hipocrisia BJI | O moralista calhorda

Secretário de esportes em âmbito nacional, combate aquilo que ele pratica na esfera municipal

O Comunista inválido da prefeita encampou uma cruzada na defesa de seus “ideais” socialistas junto com o governo petista, e como de praxe em todos seus correligionários, sua defesa é o ataque aos tucanos. Nesta publicação ele compartilha e conclama aos internautas a “avaliar” a notícia de que o povo brasileiro financia as despesas de condomínio que beneficia pessoalmente Aécio Neves. 


Muito bem senhor comunista de araque! Agora vamos discutir o mesmo tema na esfera municipal.

Diante de sua postura moralista e combativa contra o suposto peculato praticado por Aécio Neves, o que o senhor inválido-do-INSS tem a dizer sobre a nomeação do filho da prefeita no programa Esportes RJ por mais de DOIS ANOS sob sua gestão? 

E sobre a nomeação do locutor de palanque de sua prefeita?

E o que o “combativo-comunista-de-merda-da-prefeita” tem a dizer sobre a nomeação do mesmo filho de sua prefeita na Operação Barreira Fiscal?


A hipocrisia facilmente detectada na publicação do secretário inútil tem como objetivo somente em desviar o foco do internauta bom-jesuense, haja visto que ele, o comunista de araque, se indignou em saber que nós contribuintes brasileiros custeamos uma vida boa tucana de R$ 13.415,43 por mês.
O que dizer então sobre o fato deste mesmo parasita público faturar as custas dos contribuintes bom-jesuenses algo em torno de R$ 7.000,00 para não produzir absolutamente nada? Já observaram como ele fica o dia todo discutindo com internautas no Facebook?


"Compartilhando, Vamos Juntos Avaliar!!!"

Farsa hídrica | A estratégia sórdida para manutenção do decreto da corrupção

Sociedade está refém de um grupo de canalhas sórdidos que são capazes de tudo para atingir seus objetivos espúrios

Desde quando a prefeita assinou e publicou o decreto de emergência hídrica que venho fazendo publicações em série sobre o desperdício de água tratada ou não tratada, e os únicos responsáveis (ou irresponsáveis) pela crise de abastecimento que vivemos é o poder público, estadual e municipal nas instituições CEDAE e SAAE.

A prefeita vigarista jamais promoveu qualquer programa ou projeto que venha a estruturar a rede de abastecimento no município, sua demagogia sórdida somente alimenta notícias mentirosas de que teremos um convênio milionário com a CEDAE para dobrar a capacidade de abastecimento.

A primeira denúncia de desperdício de água foi na alameda Genaro Rodrigues, no qual durante dez dias um vazamento desperdiçou uma quantidade imensurável de água tratada, somente depois que a coisa tomou proporções descontroladas que a CEDAE decidiu consertar.

Neste sábado tivemos um claro exemplo revoltante vivido pelos moradores da rua João Ribeiro, que esperaram por trinta dias pelo concerto de um vazamento da rede que estava impedindo o abastecimento nas residências, e diante da irresponsabilidade da direção da CEDAE em Bom Jesus do Itabapoana, os próprios moradores desistiram de esperar, e eles mesmos consertaram a rede, e a água voltou a cair nas caixas das casas.

Em Carabuçu já são vinte e quaro horas sem água, fruto do descaso da CEDAE de Bom Jesus do Itabapoana que não providencia a dragagem do córrego que alimenta a estação. É um absurdo o que o poder público está submetendo os cidadãos de Carabuçu, já passou da hora de uma revolta popular contundente contra os bandidos da prefeitura e da câmara para tomarem vergonha na cara.

Não tenham dúvidas que a equipe da CEDAE de Bom Jesus do Itabapoana está se omitindo dos problemas diários na rede por conta da pressão da prefeita criminosa, ela é muito capaz de interferir na gestão do órgão para dar respaldo a seu decreto fraudulento, assim como ela não providencia o abastecimento de água em Carabuçu com caminhões pipas.

Falando em Carabuçu, sugiro com sinceridade que não esperem mais pela CEDAE ou pela Prefeitura, organizem-se em mutirão e façam vocês mesmos a dragagem no córrego que abastece a estação, procurem vocês mesmos se organizarem em manifestação na câmara, na CEDAE, na prefeitura e até mesmo em frente à casa da vigarista, mas não se esmoreçam, reajam irmãos!!!

Os cafajestes da defesa civil compareceram na câmara de vereadores para disparar uma saraivada de mentiras técnicas para justificar o decreto de emergência hídrica, porém como a dupla de cafajestes adestrados da bandida são desqualificados até o pescoço, eles somente servem para assinar decretos fraudulentos, jamais para promover políticas preventivas.

A sociedade a cada dia fica mais perplexa com o surgimento de novos escândalos, porém nada supera o sentimento de repulsa contra políticos corruptos comandados por uma forasteira corrupta que são capazes de cometerem os atos mais repugnantes contra nossa sociedade para consumar o desvio de dinheiro público.

Até mesmo em deixar uma comunidade inteira sem água para tão somente roubar dinheiro do contribuinte através de um decreto emergencial criminoso a quadrilha é capaz.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Gestão Pública BJI | Desvio de função com veículo doado pelo governo federal

Caminhão doado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário foi flagrado transportando entulhos de obra no centro da cidade

O governo ao utilizar este veículo com finalidade diversa à conveniada incorre em sofrer sanções administrativas, podendo até ter que devolver o veículo para a União. 
O veículo somente pode ser utilizado no setor agrícola em programas de desenvolvimento da agricultura familiar, e também para o pequeno e médio produtor rural.



Ainda cabe apurar a quem este veículo estava atendendo, seria para a própria prefeitura realizar algum serviço de obrigação da Top Mak? 
Ou seria algum favor ilícito da prefeita para algum “parceiro” de vida pública?

Tem ficado cada vez mais escancarado o uso indevida de veículos e máquinas da prefeitura, este caso é apenas mais um flagrado, como também foi a retroescavadeira doada também pela União, e a serviço da Top Mak. 

O Logan que alimenta a farra dos diretores de meio ambiente e agricultura, que utilizam este veículo destinado para fiscalização ambiental como veículo pessoal, tanto que o mesmo sempre é conduzido ou pelo diretor de meio ambiente, ou pelo diretor de agricultura.

AC 79172 | Despacho para movimentações finais do processo de cassação da prefeita Branca Motta

Ministra Luciana Lóssio emite despacho determinando o apensamento da Ação Cautelar 79172 ao RESPE 38937, movimentação sinaliza que conclusão pode se consumar na primeira quinzena de março próximo

A Ação Cautelar 79172 não é propriamente o processo de cassação da coligação 15, a AC-79172 é o recurso no qual a mesma coligação obteve a liminar com o Ministro Tófoli em agosto de 2014, entretanto o despacho da Ministra Relatora indica que o Recurso Especial Eleitoral 38937 (que vem a ser o processo de cassação) já se encontra nas proximidades de seu gabinete, não estando mais no Ministério Público Eleitoral, bastando observar o destino determinado por ela para a AC 79272.

O meio político já estava agitado desde quinta-feira (19/02) com um encontro republicano na “Panificadora Borges”, a mesa que estava falante e animada, contava com a presença de Roberto Salim, Paulo Sérgio Ciryllo pai e filho, além do vereador Leonardo Dutra e alguns correligionários partidários.

Mais coincidente ainda foi a aparição da prefeita nas redes sociais visitando o H.S.V.P. com os secretários de saúde, do estado e município, para “inspecionar” as instalações do São Vicente, como fosse necessário o secretário estadual de saúde vir a Bom Jesus do Itabapoana somente para conhecer as instalações do hospital. 

Imagino a quantidade de relatórios com todas as informações e especificações fotografadas que já foram enviados para a capital do estado para não obter absolutamente nada.

Rumores do meio da construção civil dão conta que o marido da prefeita estaria em busca de um engenheiro para assinar um "Projeto-Kamikaze", e que até o momento nenhum dos "contatos" do operador pirotécnico topou se jogar no abismo do Ministério Público, o pânico financeiro começar a externar  seus sinais!
Fato é que bastando observar a expressão de desgaste da prefeita que nota-se claramente o clima de fim de festa, e o pior, o início de uma estrondosa ressaca da improbidade que está por vir no futuro sombrio da turma 15.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Gestão Pública BJI | Valores escandalosos nas aquisições de peças, óleos e pneus

Prefeita envia para câmara todas as notas de pagamento referente a peças de veículos, óleos lubrificantes e pneus, discrepâncias entre valores e quantidade de produtos escandalizam

São muitas notas, e até o momento ao fazer uma análise superficial foi o suficiente para dar conteúdo para três reportagens instigantes que levantam graves suspeitas na gestão dos recursos públicos, além dos apontamentos acima mencionados, ainda teremos outras publicações inquietantes dando a real dimensão de como funciona as engrenagens da corrupção nos processos licitatórios.


Na sequência dos relatos fatalmente chegaremos no papel que determinadas empresas tanto de fora, como de Bom Jesus do Itabapoana contribuem decisivamente para que o ralo de desvios de recursos públicos cada vez aumente mais.
Em breve teremos outras abordagens extraídas nessas notas de pagamentos, e sem dúvidas que todos poderão ter uma dimensão de como está o descontrole administrativo na prefeitura de Bom Jesus do Itabapoana.

Gestão Pública BJI | Valores intrigantes em pagamentos públicos

Vejam que curioso e intrigante é o mercado de peças de veículos em Bom Jesus do Itabapoana, logicamente quando o negócio é feito com a prefeitura

No dia 11 de FEVEREIRO de 2014 a empresa Waltair de Jesus Carvalho-ME vendeu para a prefeitura um ARRANQUE HR HYUNDAY pelo valor de R$ 1.100,00. No dia 05 de NOVEMBRO de 2014 a empresa S2 Comércio de Peças Ltda-ME - Autotruck vendeu para a prefeitura um ARRANQUE HR HYUNDAY JR pelo valor de R$ 641,00.


Segundo informações de quem entende do assunto, o fato da prefeitura ter somente um modelo de veículo da marca Hyunday, o arranque é o mesmo tendo ou não tendo as letras "JR", contudo conclui-se que a mesma peça em fevereiro de 2014 custou R$ 1.100,00, e em novembro de 2014, em outra empresa e a MESMA PEÇA custou R$ 642,00.

Que fenômeno mercadológico é esse?

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Saúde Pública BJI | Como estariam as metas de fevereiro?

Secretário de saúde vislumbrou novidades para o mês que entra em sua dezena final, há algum tempo não temos nenhuma publicação do secretário sobre sua gestão na saúde pública

Ele havia previsto a retomada das obras de reforma e construção dos PSF’s com sede própria do município, a prefeitura chegou a publicar o termo de contratação da empresa Duísa para a reforma de um deles, porém ainda não detectei nenhuma das unidades que tiveram suas reformas ou construção iniciadas depois de paralisadas no início de 2014.
Os PSF's seriam de Calheiros, Carabuçu, Pirapetinga, Pimentel Marques e Santa Terezinha, faltando informações sobre os PSF's do Loteamento do Isaías e de Rosal, se em setembro de 2014 ele anuncia a retomada das obras, naturalmente que esperamos que todas estejam concluídas.

A situação dos PSF’s com sede própria da prefeitura estarem ociosos com obras paradas, ou em moroso andamento, acarreta em prejuízo financeiro para os cofres públicos, mais precisamente no custeio dos alugueis dos imóveis que estão sendo improvisados em residências, e que não oferecem condições mínimas para os profissionais e usuários.

Segundo informações extraoficiais é que a obra do PSF de Pirapetinga estaria concluída, e no mesmo posto temos uma suposta situação de superfaturamento do computador, ou computadores, que equiparão esta unidade. 
Segundo relatos de populares é que o valor cotado seria quase três vezes ao encontrado no mercado, fato que cabe uma profunda apuração.

Outra meta que aparenta estar perto de ser cumprida é o agendamento de consultas médicas especializadas sem a necessidade de pernoitar nas filas, ao que parece é que os usuários farão seus agendamentos nos PSF’s inicialmente em três especialidades, entretanto a última informação visualizada foi no dia 15 de fevereiro em um trabalho de capacitação das ACS’s com a distribuição dos novos coletes amarelos para as mesmas.

Ainda não temos a informação que o novo sistema de agendamento teve seu início, ou se o mesmo será iniciado ainda em fevereiro, como temos ainda dez dias restantes deste mês, vamos aguardar.

Já sobre o setor de saúde mental, chegou neste blog a informação que a gestão do CAPS de Bom Jesus do Itabapoana teria cometido um tremendo vacilo burocrático que resultou em uma grave consequência, essa história que começou em BJI e rendeu “panos para as mangas judiciárias” no Rio de Janeiro, provavelmente terá desdobramentos que serão abordados com detalhes e documentos em alguns dias.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Política de austeridade da prefeita desmorona na beira de uma estrada na serra

Estrada entre Arraial Novo e Rosal retrata como se desperdiça recursos públicos com obras inacabadas, o prejuízo da vez está no morro do Letreiro

Em 2012 a prefeitura em “parceria” com o DEER realizou o asfaltamento de dois trechos muito íngremes nas estradas vicinais da comunidade do Arraial Novo, são os morros do Cezarino e do Letreiro, onde no segundo está nítido que a obra de 2012 apesar de inaugurada na festa de Calheiros, ainda ficou uma boa parte a ser feita.


No vídeo que temos nesta matéria podemos verificar quase uma centena de calhas de concreto para o sistema de drenagem pluvial do trecho que foi asfaltado, já mais de dois anos de abandono deste material que poderia evitar muitas erosões em diversos pontos do município.

Corrupção de chumbo | Memórias da “pureza” da ditadura

Aos cidadãos que defendem a ditadura com a esdrúxula alegação de que nesta época sombria não havia corrupção, temos abaixo os casos que foram levantados na época, mesmo com a imprensa mordaçada


Por Mouzar Benedito - Não tenho boas fontes, tenho memória razoável e fiz uma pequena “pesquisa” sobre fatos que gostaria os que falam que durante a ditadura não havia corrupção estudassem e nos revelassem a verdade.



1. O custo das rodovias construídas no período não eram divulgados, mas algumas vezes vi notícias que vazavam dos Tribunais de Contas e, segundo elas, o custo era sempre multiplicado por dez. Uma rodovia de um milhão, por exemplo, custava dez milhões aos cofres públicos. A ponte Rio-Niterói, inaugurada em março de 1974, teve um superfaturamento “um pouquinho” maior: custou onze vezes o custo real. Nenhum jornal fez matéria sobre isso. Só o Pasquim ousou dar uma cutucada. Publicou uma foto da ponte, com uma legenda mais ou menos assim: “Ilusão de ótica: onde vocês veem uma ponte, são onze pontes”.

 2. Na pequena cidade de Floresta, Pernambuco, a agência do Banco do Brasil fazia empréstimos a pessoas influentes do estado, supostamente para plantar mandioca. Mas elas nunca pagavam: alegavam que a seca destruíra os plantios que nunca foram feitos e os prejuízos eram cobertos pelo seguro agrícola. Em 1981, quando se descobriu a mutreta, calculava-se que o valor total dos “empréstimos” chegara a 700 milhões de dólares. O processo de desvio de dinheiro não foi concluído e, claro, nenhum dinheiro foi devolvido.

 3. Em Pernambuco mesmo, no ano seguinte, grandes pecuaristas pediam financiamento para comprar farelo para alimentar o gado e aplicavam o dinheiro na caderneta de poupança. Essa história ficou conhecida como “fraude do farelo”.

 4. Entre 1977 e 1980, o governo abriu uma linha de crédito para financiamento de exportações brasileiras para a Polônia, e o governo polonês ofereceu como garantia títulos podres, que ficaram conhecidos como “polonetas”. Alguns bilhões de dólares (que na época valiam muito mais do que hoje) foram para o ralo.

 5. Escândalo da Capemi. A Caixa de Pecúlios, Pensões e Montepio, fundada e dirigida por militares, tinha um plano privado de aposentadorias que arrecadou muito dinheiro de civis também. Alegando que precisava diversificar suas ações, a Capemi foi contratada em 1980 para desmatar uma área em que seria instalada a usina de Tucuruí. Não desmatou e o dinheiro sumiu. Quem aplicou nessa aposentadoria privada, dançou. E não era pouca gente: tinha dois milhões de associados aos planos de previdência privada.

 6. Em 1981, havia muitas denúncias de corrupção e chegou a ser criada uma CPI para apurar denúncias como o chamado “escândalo Lutfalla”, de tráfico de influência de Paulo Maluf para a concessão de altos empréstimos do BNDE (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico, atual BNDES) a empresas da família Lutfalla, à qual pertence Sylvia Maluf, esposa do ex-governador, em estado pré-falimentar. Entre as denúncias a serem apuradas, havia também muitos empréstimos suspeitos da Caixa Econômica Federal e corrupção nos Correios. Mas o partido governista, o PDS (Partido Democrático Social), tinha maioria e conseguiu abortar a CPI.

 7. Escândalo Delfin. O Grupo Delfin, de Ronald Levinshohn, era a maior empresa privada de crédito imobiliário quando, em 1982, uma reportagem do jornalista José Carlos de Assis mostrou que ele tinha uma dívida de 60 bilhões de cruzeiros com o BNH… e pagou dando dois terrenos avaliados em 9,2 bilhões.

 8. Em 1978, o governo publicou uma foto da frota de navios comprados, se me lembro bem, para a Fronape – Frota Nacional de Petroleiros. Eram uns trinta navios. Mas um jornalista, usando uma lupa, viu que todos os navios tinham o mesmo nome. Ou seja, era um navio só. Era uma imagem montada. Quanto dinheiro terá sido embolsado nessa história?

 9. Mordomias, denunciadas pelo jornal O Estado de S. Paulo em 1976, durante o governo Geisel: os altos salários e as vantagens indevidas chamadas “mordomias” dadas a altos funcionários do governo. Até hoje a palavra mordomia tem sentido pejorativo.

 10. Tem uma história estranha que não entendi direito, de dois cheques do Banco Econômico, no valor de US$ 53 milhões, em 1976, que não foram honrados e o ministro Ângelo Calmon de Sá, do governo Geisel, com voz no Conselho Monetário Nacional, mandou a conta para o Tesouro, que pagou tudo.

 11. No final de 1977 ou início de 1978, faltavam alguns meses para vencer o contrato de concessão da Light – do Rio de Janeiro – para um grupo canadense. A empresa, então, seria entregue de graça para o Brasil, dali uns meses. Mas o governo não esperou: comprou a dita cuja pelo valor de mercado, então, quem recebeu uma baita grana de graça foi o grupo canadense. Claro que muita comissão rolou por baixo dos panos.

 12. Em 1974, a inflação foi de cerca de 35%, mas o ministro Delfim Netto decretou que tinha sido de 14%, e todos os salários, por exemplo, foram reajustados por esse índice, baixando violentamente a renda dos trabalhadores.

 13. Segundo a revista Times, numa edição de 1981, empresas europeias deram 140 milhões de dólares em propinas e suborno para autoridades brasileiras, para pegarem uma fatia da construção da usina de Itaipu. Rolou tanta grana na construção que muita gente defendia que o Brasil não pagasse a dívida contraída para ela, dizendo que os que emprestaram sabiam que o dinheiro era desviado.

 14. Uma coisa que considero escandalosa era a sujeição ao FMI – Fundo Monetário Internacional. Metodicamente vinha aqui uma mulher desse vampiro internacional dar ordens. Chamava-se Ana Maria Jul. Mandava demitir gente, cortar dinheiro de áreas sociais, mandava e desmandava. Era uma coisa tão horrorosa que escandalizava gente de quase tudo quanto era tendência política. Tanto que até Tancredo Neves, quando se candidatou a presidente, falou sobre o FMI: “Não vou pagar a dívida com a fome do povo brasileiro”.

Enfim, é muita coisa para ficar lembrando, puxando pela memória, tentando pesquisar. Quem quiser que continue a pesquisa. Sugiro alguns assuntos: Empréstimo de 30 bilhões de cruzeiros ao Grupo Coroa, para compra uma empresa falida.

- A construção da primeira usina atômica de Angra dos Reis. Quanto custou?

- A construção de dezenas de estádios de futebol, todos com apelidos terminados em “ão”: Castelão (em Fortaleza), Vivaldão (em Manaus) e muitos outros. Quanto custaram aos cofres públicos?

- A construção dos aeroportos do Galeão e de Cumbica.

- As dívidas dos usineiros do Nordeste, que nunca foram pagas (continuam não sendo, ao que parece).

O dinheiro – muito dinheiro! – para socorrer vítimas das secas, no Nordeste, ia sempre parar nas mãos de “coronéis”, enquanto o povo morria à míngua. 
Aliás, nessa história lembro dos poços artesianos construídos depois da ditadura, para abastecer cidades do Nordeste. Em Serra Talhada, Pernambuco, devia ter um deles. Mas quando foram ver, o tal poço tinha sido feito na fazenda do deputado Inocêncio de Oliveira, virou propriedade dele.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Cabide público estadual acomoda filho da prefeita de Bom Jesus do Itabapoana

Pata tanto, o Coordenador Geral da “Operação Barreira Fiscal” teve que exonerar um gente público do quadro efetivo dos servidores estaduais, provavelmente da PMERJ

A politicagem suja praticada pela prefeita e seus “parceiros” do governo do estado aplica um duro golpe no princípio constitucional da EFICIÊNCIA em substituir um profissional exemplar com destacada produtividade para dar lugar ao garoto mimado da prefeita, sem contar a covardia de exonerar sem nenhuma justificativa o servidor que fatalmente passará por problemas financeiros.

Com esta política rasteira em que os cargos públicos do estado e do município é objeto do compadrio da política do retrocesso, como poderemos esperar que os servidores do quadro efetivo do estado, sejam civis ou militares tenham estímulo para investir na carreira pública?
Há quem diga que o rebento do poder está contrariado por demais em ter que trabalhar, isso mesmo meus caros indignados! O rapaz além de entrar pela janela ainda reclama de ter que cumprir com a carga horária de sua função comissionada, segundo relatos é que ele evita sempre de ficar no meio da pista por constrangimento caso algum amigo ou amiga vejam ele “trabalhando”.


A trajetória profissional do filho da prefeita retrata bem como anda o próprio governo da mãe, sendo importante relembrar que entre 2009 e 2012 ele era um dos maiores produtores de leite da região, chegando a ser o "número 1" da CAVIL, como chamou muito a atenção da oposição, ele passou a fornecer leite em Itaperuna, Muriaé e por fim em Cachoeiro do Itapemirim.

A partir de 2013 ele deixou a atividade leiteira de lado e partiu para a mamata pública, sendo flagrado no programa Esporte RJ recebendo sem trabalhar, e agora tirando a vaga de quem estava trabalhando na Barreira Fiscal.

POLÍTICA & REGULAÇÃO | O meteoro Eduardo Cunha

Por Alberto Dines em 16/02/2015 na edição 837 – Observatório da Imprensa | Bastaram duas semanas de atuação para que o novo presidente da Câmara dos Deputados exibisse o seu arsenal de atributos como caudilho, oligarca e cacique

Junto, mostrou como funciona uma blitzkrieg política em ambientes dominados pela inércia. Exemplo perfeito das virtudes do voluntarismo onde campeia a apatia. A supremacia da onipotência sobre a impotência, do mandonismo escancarado sobre desmandos sussurrados.

Führer típico, determinado, ídolo dos medíocres, aliado predileto dos pusilânimes. No mostruário de lideranças fornecido pela Revolução Francesa, situa-se entre Georges Danton, o demagogo audacioso e Joseph Fouché, o conspirador-manipulador, eterno sobrevivente, sacerdote capaz de fingir-se ateu para ganhar mais poder. Comparado com antigos parceiros como Collor e Garotinho, é um profissional padrão “intocável”, tal como Daniel Dantas e outros ex-associados.

Eduardo Cunha é, neste exato momento, o político mais poderoso do país. Muito mais eficaz do que o partido que elegeu e reelegeu os dois últimos presidentes, mais safo e esperto do que o presidente honorário da sua agremiação e vice-presidente da República – com uma só cartada converteu Michel Temer em volume-morto e a presidente reeleita, a durona Dilma Rousseff, em figura decorativa.

Mão na boca

Quando operava na esfera estadual metia-se em constantes trapalhadas, chegou a sofrer um atentado e foi acusado de fazer negócios com famoso narcotraficante. Carioca que joga pesado, não brinca em serviço, foi quem descobriu um erro na documentação eleitoral do animador Sílvio Santos e assim tirou-o da corrida presidencial.
Ao ingressar na esfera federal (2003), percebeu o alcance dos novos holofotes, mudou o estilo, guardou a metralhadora, passou a servir-se de fuzis de precisão – não errou um tiro. 

Em apenas 12 anos, foi alçado ao Olimpo. O ex-presidente Lula não ousa desafiá-lo: recomendou publicamente à sucessora uma reconciliação

Forte candidato a converter-se no primeiro déspota parlamentar, símbolo das deformadas democracias representativas do século 21 que fundiram o corporativismo de Mussolini com um bolchevismo de direita, messiânico. Preside a Casa do Povo, mas não consegue esconder a forte vocação autoritária e o gosto pelo exercício do poder absoluto. 
Já passou por três partidos – PRN, PPB-PP e PMDB, este o mais “progressista”. Na verdade é um espécime legítimo da era pós-ideológica, conservador, populista que poderá até proclamar-se parlamentarista para mais rapidamente tomar o poder.

Sua adesão ao ideário evangélico e a obsessão em implementá-lo a qualquer preço faz dele um exemplar calvinista. Como operador, porém, prefere a lógica do capitalismo.
A promessa de impedir qualquer tentativa de regulação da mídia (como deseja parte do PT) nada tem de devoção à liberdade de imprensa. 
Qualquer projeto que corrija distorções no sistema midiático, por mais leve que seja, passaria obrigatoriamente pela anulação de concessões de rádio e TV a parlamentares e pela proibição de cultos religiosos nas emissoras de TV aberta – largamente utilizados por confissões religiosas, especialmente evangélicas. Na última semana criou um comissariado para unificar a orientação dos diversos veículos da Câmara dos Deputados (jornal diário, rádio, portal e TV).

Além das obsessões e preparo físico, ostenta um desembaraço verbal de radialista, suficiente para não cometer gafes grosseiras. Engravatado, certinho, sem barba nem bigode, óculos leves, passa a imagem de confiável, protetor, bom vizinho, bom burguês, capaz de sonhar com rupturas, mas não com o caos. 
Numa coleção de dez fotos tomadas já na presidência da Câmara, cinco delas mostravam-no com a mão na boca, truque que até jogar de futebol apreendeu para não ser surpreendido por experts em linguagem labial.

Meteoro fascinante para acompanhar, preocupante como dono do poder.

domingo, 15 de fevereiro de 2015

Loteamento familiar da prefeita Branca Motta no serviço público estadual

Setor estratégico do serviço público estadual, Barreira Fiscal, é alvo de cobiça política da prefeita para acomodar o filho flagrado entre os marajás do projeto Esporte RJ

E com a repercussão da denúncia a prefeita provavelmente teria ordenado pela exoneração do filho, agora uma vaga gratificada na Barreira Fiscal é objeto de cobiça do cabide público da prefeita, ela que entupiu a prefeitura de marajás contratados, também tem enorme apetite pelos cargos do governo do estado.

As mensagens de apelo do agente exonerado demonstram que os gestores públicos não estão nem um pouco preocupados com a qualidade do serviço de fiscalização fazendária, trocar um agente de segurança pública devidamente treinado para esta função para acomodar o filho da prefeita é um deboche com o contribuinte.
A nomeação do filho da prefeita ainda não foi publicada no diário oficial do estado, a exoneração do agente ocorreu na semana passada e a mesma também não foi publicada, porém nos trâmites interno o servidor já está oficialmente comunicado da exoneração.

Segundo informações extraoficiais, a remuneração da função que a prefeita pretende “encaixar” o filho é de aproximadamente R$ 3.000,00, e a exoneração de um pai de família que trabalha com a dedicação de um servidor do Estado também demonstra a frieza com que os irresponsáveis do poder lidam com os cidadãos.

Suspeita-se que tal manobra foi coordenada pelo deputado estadual e secretário e governo, Paulo Mello, que atendendo a um pedido da prefeita estaria rifando do emprego um servidor que prestava o serviço com notável produtividade.

Grito de ‘impeachment’ volta a assombrar a política brasileira

Corrupção, recessão e ameaça de racionamento compõem o clima contra a presidenta. Após a renúncia de Collor, nenhum presidente escapou da pressão para deixar Governo, Petrobras e falta de água roubam popularidade de Dilma e Alckmin

O primeiro presidente eleito pela população brasileira após 20 anos de ditadura militar não terminou o próprio Governo. Foi em 1992, com o processo de impedimento do hoje senador Fernando Collor de Melo, que o brasileiro se familiarizou com o dispositivo do impeachment, que, 23 anos depois, volta a assombrar a política brasileira em meio ao maior escândalo de corrupção da história do país, à expectativa de recessão econômica e à ameaça de racionamento de água e de energia. E isso não é exclusividade de Dilma Rousseff. 

Desde a queda de Collor, os brasileiros se acostumaram a clamar pela retirada antecipada de cada presidente eleito.

ex-presidente Fernando Henrique Cardoso se acostumou aos gritos de "Fora FHC" durante o segundo mandato (1999-2002), quando o país entrou em crise em meio à desvalorização do real, levando a protestos como a "Marcha dos 100 mil", que cobrava sua saída. Seu sucessor, Luiz Inácio Lula da Silva, também esteve ameaçado de cair no fim do primeiro mandato, pelo escândalo do mensalão, e, segundo o que registra a crônica política, isso só não ocorreu porque seus opositores apostaram equivocadamente que o desgaste do caso dispensava o impeachment, pois seria o bastante para impedir a reeleição de Lula.

A insistência, eleição após eleição, de gritar "impeachment" tem a ver com a boa lembrança que o brasileiro tem do processo que levou à renúncia de Fernando Collor em 1992, arrisca o cientista político Leonardo Barreto, doutor pela Universidade de Brasília. A queda do presidente criou as condições para a implementação do Plano Real, que estabilizou a economia brasileira após anos de turbulência. A renúncia de Collor também deixou a impressão de protagonismo da população, que, já enervada pelo confisco das poupanças (entre outras medidas de ajuste) para frear a inflação, foi às ruas para protestar contra um presidente envolto em suspeitas de corrupção desde sua campanha.

"Fora Dilma"

Não é de se espantar, portanto, que, em meio ao novo clamor de impeachment, surjam boatos de confisco da poupança dos correntistas da Caixa Econômica Federal, desmentidos nesta sexta-feira pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy. "Tais informações são totalmente desprovidas de fundamento, não se conformando com a política econômica de transparência e a valorização do aumento da taxa de poupança de nossa sociedade, promovida pelo governo, através do Ministério da Fazenda", informou o Ministério da Fazenda em nota.

A gritaria contra a presidenta Dilma Rousseff soa isolada em ruas e redes sociais desde o dia de sua reeleição, em 26 de outubro do ano passado, mas entrou na pauta política do país com o surgimento das primeiras ramificações políticas da Operação Lava Jato, principalmente depois da denúncia de que o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, teria recebido 200 milhões de dólares em propina por meio de contratos da Petrobras. Foi nesse contexto que o jurista Ives Gandra Martins redigiu um parecer para dizer que já existe base jurídica para um pedido de impedimento da presidenta.
O parecer de Gandra, que aponta a “improbidade por culpa” da presidenta no caso Petrobras, não repercutiu apenas por causa da reputação de seu autor. O jurista elaborou sua avaliação sobre o caso a pedido de José de Oliveira Costa, que vem a ser membro do conselho do Instituto do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, a quem atende em causas judiciais. Confrontado com o caso, FHC apressou-se em dizer, em seu perfil no Facebook, que “não há ameaças golpistas, a não ser na imaginação de partidários do governo que sentindo o descalabro procuram justificativas jogando a responsabilidade em ombros alheios”.

Os opositores do Governo resistem em defender abertamente o impeachment neste momento, mas, apostando no desgaste da gestão Dilma, não deixam o assunto sair do foco, e alguns deles, como o senador Ronaldo Caiado (DEM), ensaiam ir à passeata conta a presidenta marcada para 15 de março. O movimento, que conta com adesões em 15 Estados, ganhou força depois que pesquisa Datafolha mostrou uma brusca queda de popularidade da presidenta Dilma Rousseff. Nesta semana, após a divulgação da pesquisa, a consultoria política Arko Advice elevou de 15% para 30% a probabilidade de um pedido de impeachment prosperar — para o Eurasia Group, “a possibilidade de impeachment segue baixa (20%), mas se tornou um risco real a se monitorar”.

Pressão

Segundo o líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima, “a palavra impeachment está escrita na nossa Constituição e, portanto, por ser um tema constitucional, não tem de causar arrepio em ninguém”. O senador tucano acrescentou, em plenário, que “se chegar o instante em que a Constituição tenha de ser cumprida, ela será cumprida”. Eleito por um partido da base do Governo, o senador Cristovam Buarque (PDT) engrossou o coro: “A palavra impeachment não deve causar arrepio porque está na Constituição. O que causa arrepio é estar na boca do povo.”

Do outro lado, governistas como o senador Lindbergh Farias (PT), que liderou os protestos dos caras-pintadas durante o processo de impeachment de Collor, reagem contra o que chamam de “golpismo”. “Não temos problema de falar em impeachment, a não ser quando serve para patrocinar um golpe”, disse em plenário a senadora Gleisi Hoffmann, admitindo, contudo, que o Governo precisa melhorar a comunicação sobre seus feitos para afastar o clamor ainda localizado de derrubada da presidenta. E o antídoto para os riscos que um processo político contra Dilma pode de fato estar numa “batalha de comunicação”, convocada pela própria presidenta na primeira reunião ministerial de seu segundo mandato — e que deve levá-la à televisão após o carnaval para defender seu Governo.

O clamor pelo impeachment de Dilma tem elementos parecidos ao processo que levou à renúncia de Collor em 1992, como a quebra de confiança sobre a capacidade do Governo de sanear os problemas econômicos do país e uma tensão entre o Palácio do Planalto e o Congresso Nacional, simbolizada pela eleição de Eduardo Cunha para a presidência da Câmara. “Mas Dilma tem uma coisa que Collor não tinha: apoio popular”, comenta o cientista político Leonardo Barreto.

Barreto lembra que o consenso social pela queda de Collor contribuiu para que a maioria do então presidente da República no Congresso se virasse contra ele e aceitasse o pedido de impeachment. “Agora, Dilma, que acabou de ser reeleita com 54 milhões de votos, tem o apoio de alguns grupos sociais. O que leva a questionar se os líderes do Congresso topariam dar início a um processo como esse, muito desgastante, que poderia levar as pessoas de volta aos gramados da Esplanada dos Ministérios para protestar”, diz o cientista político, lembrando dos protestos de junho de 2013.
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, por quem o pedido de impeachment terá de passar se ocorrer até 2016, tem dito que "não há espaço" para discutir o assunto. "Não concordo com esse tipo de discussão e não terá o meu apoiamento", disse o deputado que, eleito a partir de uma plataforma de independência, vem impondo sucessivas derrotas ao Governo no Congresso Nacional.