Uso político exacerbado com a Cedae resultou em dois projetos
milionários prometidos, e nenhuma solução apresentada até o momento, poder
executivo e governo do estado são responsáveis diretos pela crise hídrica de
BJI
A primeira cena ilusória entre Cedae e Bom Jesus do
Itabapoana foi noticiada com pompa e circunstância em 2010, na ocasião
previa-se investimento na ordem de R$ 9.000.000,00 na substituição da rede de
abastecimento de amianto e a mudança do ponto de captação de água, o projeto
foi enviado ao poder legislativo somente em 2011, e mesmo assim com itens
preenchidos a lápis, dando entender se tratar de um rascunho.
Este projeto de tão mal conduzido foi engavetado, tendo a
segunda tentativa noticiada com alarde no dia 20 de maio de 2014 com o anúncio
de ONZE MILHÕES DE REAIS em investimentos estruturais não só na sede do
município, mas com Carabuçu incluído com ambos os projetos prevendo a mudança
do ponto de captação de água, além de dobrar a capacidade de abastecimento.
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No evento em que foi celebrado a parceria entre Cedae, Funasa
e os municípios contemplados se fizeram presentes do Palácio Guanabara o
vice-prefeito representando o poder executivo, e os vereadores da base
governista, Clério Tadeu e Waldeir Chrisostomo representando o poder
legislativo.
Como todos podem atestar, até o momento não tivemos nenhum investimento
deste convênio e os problemas que já eram crônicos, agora se tornam constantes,
desde 2012 que já registrei uma centena de casos de rede estourada nas ruas de
Bom Jesus do Itabapoana, diariamente temos em algum lugar da cidade alguma rede
deteriorada desperdiçando água tratada.
A falta de infraestrutura da Cedae em Bom Jesus do Itabapoana
possibilita que os moradores de uma rua do alto do bairro Oscar Campos estejam
há mais de sessenta dias sem abastecimento da CEDAE, tendo que o caminhão pipa
suprir o problema diariamente.
Ainda temos que levar em consideração o prejuízo financeiro
que a CEDAE tem diariamente em ver a água tratada por elevado custo ser desperdiçada
por conta da rede de amianto deteriorada, nossa rede de abastecimento tem quase
trinta anos que não sofre uma reestruturação com o quadro se agravando com o
processo de verticalização sofrida na cidade na última década.
O governo para justificar o decreto de emergência hídrica
está promovendo uma campanha de conscientização do consumo de água, a campanha
se direciona somente para a população, ficando o mesmo poder executivo
municipal devendo uma satisfação sobre este convênio de onze milhões, e a
própria CEDAE através do governo do estado.
O governo sedento pela dispensa emergencial nas licitações
foi logo em busca da emergência hídrica sem se mostrar disposto em cobrar ou
exigir da CEDAE um posicionamento sobre o convênio milionário, o que deixa
claro quais são os verdadeiros interesses que estão em jogo.