A Câmara dos Deputados aprovou no
início desta madrugada de quinta-feira (28/05) parte do texto da reforma
política que acaba com o instituto da reeleição para presidentes, governadores
e prefeitos, (leia matéria noticiada no site da revista Carta Capital) o projeto foi
votado em primeiro turno, faltando a votação em segundo turno, no senado e
finalmente com a sanção da presidente da República. No entanto as
possibilidades desta importante alteração se consumar ainda no primeiro
semestre são reais.
E é com esta possibilidade que
Bom Jesus do Itabapoana sentirá logo em 2015 os reflexos desta mudança, haja
visto que se confirmada a condenação da prefeita pelo TSE nas próximas semanas,
o candidato segundo colocado na eleição de 2012, Roberto Elias Salim, estará em
uma verdadeira “sinuca de bico”.
Ele assumindo a prefeitura até o
final do mês de junho, corre o risco de ver o projeto de reforma política que
extingue a reeleição aprovado em agosto, e ele com planos de se reeleger depois
de assumir o governo a menos de dois anos do final, teria seus objetivos
abreviados, pois a mudança constitucional já valeria para a eleição de 2016.
Diante desta possibilidade, surge
a hipótese de Roberto Salim abrir mão do mandato de aproximadamente dezoito
meses com o vice assumindo sob a tutela do pai, a qual é público e notório que
o mesmo tem intenções pela disputa do ano que vem.
No entanto há quem diga que Paulo
Sérgio Cyrillo “pai” estaria com problemas processuais e que muito
provavelmente ele não terá condições de disputar as eleições de 2016, assim
como ocorreu em 2008 e 2012, o que abre mais uma indagação se o vice-prefeito
Paulo Sérgio Cyrillo “filho” ficaria estimulado em assumir o governo com tantos
problemas sem a possibilidade do pai se candidatar.
O que não faltam são perspectivas
turbulentas em nosso cenário político a partir do momento que se confirmar o
fim da reeleição para o pleito de 2016, sem dúvidas que podemos rever a ciranda
de prefeitos como ocorreu em 2008.