Dando continuidade as
abordagens sobre o escandaloso consumo de combustíveis da secretaria de
agricultura e meio ambiente, nesta publicação vamos polemizar sobre os gastos
anuais desta pasta com o citado produto nos anos de 2013, 2014 e 2015 para
entendermos como funciona a máquina pública em ano eleitoral sob um novo
aspecto não levantado anteriormente.
Importante destacar que as
atividades da secretaria de agricultura e meio ambiente que mais consomem
combustível está nas ações agrárias na manutenção de estradas vicinais e no
atendimento aos produtores com os serviços de aragem de lavoura ou a escavação
para a criação de açudes ou tanques, com isso podemos chegar a conclusão que a
rotina anual desses gastos de combustíveis tem um mesmo padrão de custeio todos
os anos, até porque nosso setor agrícola vive um momento em que não se
vislumbra grandes avanços.
Pois bem meus caros leitores,
no ano de 2013 a referida secretaria teve um gasto total de R$ 225.000,00 de
combustíveis ao passo que em 2014 os gastos se elevaram para R$ 309.000,00,
configurando um aumento nos gastos com combustíveis na ordem de 73%, e neste
ano de 2015 até o mês de junho foi consumido o total aproximado de R$
119.000,00 podendo assim prevermos que o gasto total em 2015 ficará em torno de
R$ 240.000,00, valor que se aproxima da realidade apontada em 2013.
Vamos supor que devido ao
grande apelo eleitoral de 2014, o governo para angariar votos em massa em nossa
zona rural para seus candidatos, o mesmo deu conta de fazer uma ampla
manutenção em cada palmo de toda malha vicinal do município, mesmo assim a
diferença não chegaria a tamanho absurdo de quase dobrar de um ano para o
outro, não se testemunhou tamanho incremento nas atividades rurais da
secretaria de agricultura.
Se tivemos um incremento de
mais de setenta por cento no consumo de combustível se comparados os anos de
2013 e 2014, e considerando a factível hipótese do incremento de serviços neste
ano eleitoral não atingiria sequer a marca de 30% do que é realizado
rotineiramente, fica evidente que tivemos uma suspeitíssima situação de desvio
de combustíveis para alimentar a campanha eleitoral dos candidatos da ordem
caótica.
É muito fácil investigar este
salto exorbitante no consumo de combustível da secretaria de agricultura, esta
pasta conta com poucos veículos e máquinas que poderão facilmente ser
constatado que seria impossível somente esses veículos terem trabalhado tantas
horas durante o ano de 2014 ao ponto de proporcionar esta disparidade.
Sobre os serviços de
manutenção das estradas vicinais terem supostamente sido incrementados ao
extremo neste mesmo ano, basta verificar nos anais da câmara de vereadores que
ao longo do ano de 2014 diversos vereadores requereram ao executivo pela manutenção
de estradas vicinais em todas as regiões rurais de Bom Jesus do Itabapoana, com
a maioria deles concentrados na região baixa do município, o que sinaliza que a
manutenção de estradas não saiu tanto assim do padrão de sempre norteado pelo
descaso.
Sobre os serviços com a
patrulha mecanizada nas propriedade rurais terem sido incrementados acentuadamente
em 2014, ali verão outro ralo de corrupção e de malversação do erário público,
onde se procurarmos os produtores rurais a maioria irá reclamar que tem enormes
dificuldades de serem atendidos, alguns até denunciam que as máquinas prioritariamente
são disponibilizadas por membros do grupo político da prefeita, há quem afirme
que até cheque sem fundos de vereador foi aceito na secretaria para “calotear”
centenas de hora/máquina trabalhadas em sua propriedade particular.
Para vocês terem uma ideia, o
setor de atendimento aos produtores rurais com a patrulha mecanizada com
tratores e retroescavadeiras cobra pelo serviço prestado sem que a receita
gerada tenha controle algum de entrada e saída no sistema contábil da prefeitura,
não há emissão de nota fiscal eletrônica, e o produtor recebe como comprovante
de pagamento um recibo sem timbre da prefeitura, sem o número do CNPJ da
prefeitura sem número de série e preenchido a caneta.
Com todos esses ingredientes
observados na gestão dos recursos públicos na secretaria de agricultura e meio ambiente,
a convocação do secretário Coroia ganhará contornos de uma pressão política que
muito provavelmente ele irá “refugar” dos questionamentos que serão levantados
para seus esclarecimentos.