segunda-feira, 6 de julho de 2015

2014 foi o ano da grande farra dos combustíveis e lubrificantes na secretaria de agricultura



Dando continuidade as abordagens sobre o escandaloso consumo de combustíveis da secretaria de agricultura e meio ambiente, nesta publicação vamos polemizar sobre os gastos anuais desta pasta com o citado produto nos anos de 2013, 2014 e 2015 para entendermos como funciona a máquina pública em ano eleitoral sob um novo aspecto não levantado anteriormente.

Importante destacar que as atividades da secretaria de agricultura e meio ambiente que mais consomem combustível está nas ações agrárias na manutenção de estradas vicinais e no atendimento aos produtores com os serviços de aragem de lavoura ou a escavação para a criação de açudes ou tanques, com isso podemos chegar a conclusão que a rotina anual desses gastos de combustíveis tem um mesmo padrão de custeio todos os anos, até porque nosso setor agrícola vive um momento em que não se vislumbra grandes avanços.

Pois bem meus caros leitores, no ano de 2013 a referida secretaria teve um gasto total de R$ 225.000,00 de combustíveis ao passo que em 2014 os gastos se elevaram para R$ 309.000,00, configurando um aumento nos gastos com combustíveis na ordem de 73%, e neste ano de 2015 até o mês de junho foi consumido o total aproximado de R$ 119.000,00 podendo assim prevermos que o gasto total em 2015 ficará em torno de R$ 240.000,00, valor que se aproxima da realidade apontada em 2013.

Vamos supor que devido ao grande apelo eleitoral de 2014, o governo para angariar votos em massa em nossa zona rural para seus candidatos, o mesmo deu conta de fazer uma ampla manutenção em cada palmo de toda malha vicinal do município, mesmo assim a diferença não chegaria a tamanho absurdo de quase dobrar de um ano para o outro, não se testemunhou tamanho incremento nas atividades rurais da secretaria de agricultura.
Se tivemos um incremento de mais de setenta por cento no consumo de combustível se comparados os anos de 2013 e 2014, e considerando a factível hipótese do incremento de serviços neste ano eleitoral não atingiria sequer a marca de 30% do que é realizado rotineiramente, fica evidente que tivemos uma suspeitíssima situação de desvio de combustíveis para alimentar a campanha eleitoral dos candidatos da ordem caótica.

É muito fácil investigar este salto exorbitante no consumo de combustível da secretaria de agricultura, esta pasta conta com poucos veículos e máquinas que poderão facilmente ser constatado que seria impossível somente esses veículos terem trabalhado tantas horas durante o ano de 2014 ao ponto de proporcionar esta disparidade.
Sobre os serviços de manutenção das estradas vicinais terem supostamente sido incrementados ao extremo neste mesmo ano, basta verificar nos anais da câmara de vereadores que ao longo do ano de 2014 diversos vereadores requereram ao executivo pela manutenção de estradas vicinais em todas as regiões rurais de Bom Jesus do Itabapoana, com a maioria deles concentrados na região baixa do município, o que sinaliza que a manutenção de estradas não saiu tanto assim do padrão de sempre norteado pelo descaso.

Sobre os serviços com a patrulha mecanizada nas propriedade rurais terem sido incrementados acentuadamente em 2014, ali verão outro ralo de corrupção e de malversação do erário público, onde se procurarmos os produtores rurais a maioria irá reclamar que tem enormes dificuldades de serem atendidos, alguns até denunciam que as máquinas prioritariamente são disponibilizadas por membros do grupo político da prefeita, há quem afirme que até cheque sem fundos de vereador foi aceito na secretaria para “calotear” centenas de hora/máquina trabalhadas em sua propriedade particular.

Para vocês terem uma ideia, o setor de atendimento aos produtores rurais com a patrulha mecanizada com tratores e retroescavadeiras cobra pelo serviço prestado sem que a receita gerada tenha controle algum de entrada e saída no sistema contábil da prefeitura, não há emissão de nota fiscal eletrônica, e o produtor recebe como comprovante de pagamento um recibo sem timbre da prefeitura, sem o número do CNPJ da prefeitura sem número de série e preenchido a caneta.
Com todos esses ingredientes observados na gestão dos recursos públicos na secretaria de agricultura e meio ambiente, a convocação do secretário Coroia ganhará contornos de uma pressão política que muito provavelmente ele irá “refugar” dos questionamentos que serão levantados para seus esclarecimentos.