Um debate espinhoso e obrigatório para 2016

As eleições de 2016 já se encontram em pleno trabalho de articulações de bastidores, muitas personalidades políticas que estavam adormecidas aos poucos vão se despertando para o jogo que se anuncia, novos nomes surgem com grande repercussão nas redes e até o momento nada de concreto foi levantado para um profundo debate sobre todas as transformações necessárias no setor público municipal que devem ser elencadas.

Bom Jesus do Itabapoana vive um momento em que não há como adiar as reformas necessárias em nossa estrutura administrativa, nossos códigos de posturas e tributário são de 1977, nossa última assembleia constituinte foi realizada em 1989, e diante de tantas transformações vividas desde 1990, se torna mais do que necessário discutirmos todas as reformas, da estrutura administrativa, passando pela Lei Orgânica até o Regimento Interno da Câmara.

Tema obrigatório em todas as reformas acima sugeridas, o combate a corrupção se tornou o centro de todas as soluções que pretendemos buscar para recuperarmos a autoestima pública em nossa cidade, trata-se de um assunto espinhoso que vai se confrontar com muitos interesses que atende a poucos interessados.

Não podemos admitir em hipótese alguma um comerciante que ao mesmo tempo protesta contra a corrupção da política nacional emitir notas superfaturadas para nossa prefeitura, e isso acontece rotineiramente em nosso meio. 

Esta tolerância com a corrupção local está afundando com Bom Jesus do Itabapoana, e os setores influentes de nossa sociedade tem por obrigação em extirpar este tumor que corrói em todas as camadas da população.

Não há um só bairro que não haja pelo menos um protesto de abandono público, as licitações viciadas contemplam somente meia dúzia de empresas parceiras do governo que tiveram uma evolução patrimonial e financeira completamente incompatível com a realidade de nosso mercado, ao passo que estabelecimentos comerciais tradicionais fecham suas portas.

O assunto que o eleitorado sem dúvidas pretende ver inserido nos debates eleitorais de 2016 se encontra na moralidade pública, e no combate a corrupção com proposta de criação de mecanismos de controle na administração pública, que hoje não tem controle algum dos gastos, se tornando em um verdadeiro convite ao desvio do erário público.